quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O uso da seta



Além do respeito à faixa de pedestres, os motoristas que quiserem escapar de multas devem dar especial atenção a outra infração que afeta a segurança de quem está a pé: a falta de seta ao mudar de faixa ou realizar conversões.
A partir de hoje, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ampliará para toda a cidade de São Paulo --com 2.400 marronzinhos-- a fiscalização pró-pedestre.
Desde que começou a vigilância na região central, em 8 de agosto, as multas a veículos que não dão seta subiram e já representam um terço do total de infrações aplicadas por agentes do programa de prioridade à travessia.
A penalidade por desrespeito à preferência dos pedestres chega a até R$ 191,53 --por exemplo, para quem não cede a prioridade na faixa num trecho sem semáforo.
Já a multa por deixar de dar a seta é de R$ 127,69. Essa vigilância é efeito colateral da ação pró-pedestre, porque os veículos que não sinalizam a intenção de virar colocam em risco a travessia na transversal --além de aumentar a possibilidade de colisão traseira.
Em pouco mais de um mês, os marronzinhos da CET aptos a fiscalizar a prioridade aos pedestres aplicaram 10.266 multas no centro e av. Paulista --32% delas por falta da seta, índice que era de 24,5% na primeira semana.
As outras infrações mais flagradas --22% cada-- foram por não dar a vez ao pedestre na conversão e por ignorá-lo na faixa sem semáforo.
As 3.289 multas por falta da seta em um mês, apenas na região central, foram mais que as 2.874 aplicadas na cidade toda por essa irregularidade no primeiro semestre.
As multas por desrespeito aos pedestres são previstas há mais de uma década, mas a CET fazia vistas grossas.
O aperto da fiscalização ocorre num cenário de desobediência majoritária. Houve, porém, melhoria após as multas no centro --de 10% para 25% no respeito à faixa em pontos aferidos pela CET.
(publicado pela Folha de S. Paulo)

Fonte: Blog Em trânsito